segunda-feira, 1 de abril de 2013

Demolir o prédio pode ser apagar provas



Prédio em construção ameaça desabar no conjunto Alagamar em Ponta Negra 
Construtor não teria feito as bases indispensáveis ao edifício.

As autoridades governamentais mobilizadas desde a semana passada em função do afundamento sofrido pelas colunas de um prédio residencial em construção no alto de Ponta Negra devem esperar que o Conselho Regional de Engenharia (Crea) o examine e encontre, se possível, as causas do problema.

Esta necessidade se impõe ante a pressa que os donos da obra demonstram quanto a implodir o prédio, sob o argumento de que ameaça desabar atingindo residências vizinhas.

Mesmo admitindo que receiam pelo que um desabamento provocaria em seu entorno, até vizinhos do prédio aconselham esperar porque, segundo lhes consta, logo depois da eclosão do problema, houve muita pressa em atribuir a responsabilidade pelo afundamento ao engenheiro responsável pela elaboração do projeto de edificação.

Este já demonstrou que somente responde pelo que fez, ou seja, a elaboração do projeto. Até o momento, nenhuma autoridade conseguiu identificar o responsável pela execução do que constava do projeto original, e o projetista não aceita que lancem esta culpa sobre seus ombros. A falta da anotação técnica no Crea relativamente à construção depõe a favor do projetista, pois a sua responsabilidade, restrita ao que efetivamente fez, esta, sim, está registrada na autarquia federal.    
Entre os vizinhos consta que o prédio afundou porque o dono da obra não quis construir as fundações previstas no projeto do engenheiro, argumentando que isto absorveria muito dinheiro. Sabe-se até de uma discussão entre o construtor e o projetista, na qual este mostrou que o prédio estava sendo construído em área de duna e que, sem as bases profundas, de até seis metros abaixo da superfície por quatro de largura, as colunas penetrariam a terra como faca em manteiga. 

Como se não bastasse, vizinhos sugerem que o prédio pertence a um policial que, por medida de economia, resolveu construí-lo economizando o salário de um engenheiro.

+3

Falou?

Amigos comuns ao deputado estadual Leonardo Nogueira e ao fazendeiro e ex-deputado Carlos Augusto Rosado, marido e principal conselheiro da governadora Rosalba Ciarlini, este casal faz questão de demonstrar que não tomou conhecimento do pronunciamento em que o parlamentar pareceu estar cobrando a nomeação da esposa, Fafá, ex-prefeita de Mossoró, para o Tribunal de Contas do Estado. Leonardo falou no dia 11 de março, quando anunciou o propósito de não mais se candidatar a deputado estadual em 2.014. 



Rádio

Decidido a se candidatar a deputado estadual no próximo ano, o médico Galeno Torquato, ex-prefeito de São Miguel, na “Tromba do Elefante”, resolveu instalar algumas emissoras de rádio comunitárias na sua região, visando reduzir o custo unitário dos votos.



Desestímulo

Segundo empresários natalenses que se consideram “de balcão”, e não “de gabinetes governamentais”, a prefeitura de Natal vem trabalhando contra o destino turístico desta capital há muitos anos, ao passar a ocupar com suas repartições edifícios que deveriam continuar a servir como hotéis, finalidades que motivaram suas construções. A municipalidade já tirou do mercado mais de setecentos leitos ao alojar a burocracia nos hotéis Ducal e Natal, no centro da cidade, e no Ladeira do Sol.

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Postado às 21h25m de segunda–feira 130401

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