Há diferenças morais entre a cisterna de polietileno e a de alvenaria.
Tem
um sentido moral a orientação que a Articulação do Semi Árido (Asa) segue há anos, no
sentido de procurar espalhar por todo o Nordeste cisternas construídas em
placas de concreto, em detrimento de congêneres fabricados em monobloco de
polietileno.
É
o que garantem ao Blog de Roberto Guedes
técnicos vinculados à Asa a respeito das denúncias que estão sendo investigadas
pelo ministério público federal, de irregularidade na aquisição, a uma fábrica
de fardamentos e mochilas sediada em São Paulo, de reservatórios de polietileno
para mitigar a sede dos moradores do “Polígono das Secas”.
FRAUDES GOVERNAMENTAIS
Referindo-se
ao cumprimento de mandados de busca e apreensão que policiais federais
cumpriram há poucos dias na sede da fábrica paulista, no bairro da Mooca, na
capital paulista, por ocasião da operação “Máscara Negra”, os técnicos dizem
que é indispensável distinguir entre as compras de cisternas feitas conorme a
orientação do ministro da Integração Nacional, engenheiro Fernando Bezerra
Coelho, que vêem cheias de “mutretas”, e as adquiridas por organizações não
governamentais vinculadas à igreja católica, estas efetivamente limpas.
Pelo
que dizem, a orientação vem do saudoso monsenhor Expedito Sobral de Medeiros, o
legendário patrono das adutoras que levam água a diversos municípios do Rio
Grande do Norte, e encontra raízes em instruções do também falecido cardeal
Hélder Câmara, como um encaminhamento pedagógico.
Para
os dois sacerdotes, o reservatório d’água da família do semi-árido nordestino deve
sempre ser construído pelos moradores do imóvel, porque esta tarefa cria um
vínculo muito mais forte entre o consumidor e a água da chuva a ser recolhida
na cisterna.
PRINCIPAL
CONSTRUÇÃO
“Padre
Cícero já usava este princípio no começo do século passado”, diz um dos
técnicos, que este blog mantém no anonimato para poupá-lo de problemas no
relacionamento com organismos governamentais que influenciam as políticas de
combate aos efeitos sociais da seca no Nordeste.
Referindo-se
ao legendário vigário Cícero Romão Batista, de Juazeiro, no Ceará, considerado
o maior santo do nordeste brasileiro, o técnico diz que o sacerdote sempre
orientou o nordestino a fazer sua cisterna como a maior de suas realizações na
face da terra.
O
fator econômico também recomenda a cisterna de alvenaria em detrimento da
plástica: uma unidade feita pela família sai por 1,3 mil reais em média, ao passo
que a industrializada chega a quatro vezes mais.
Lembrando
que a cisterna plástica foi introduzia no mix das compras para a minimização
dos efeitos da seca pelo ministro da Integração Nacional, engenheiro Fernando
Bezerra Coelho, que mostrava interesse em encaminhar os fornecimentos por
intermédio de um primo estabelecido em Petrolina, Pernambuco, o reduto de sua
família, os técnicos estranham que compras governamentais tenham sido feitas a
uma empresa paulista.
PRODUTORES
LOCAIS
“O
certo, se a saída fossem cisternas de fibra, seria comprá-las a fabricantes daqui”,
observa um deles, acrescentando que poderiam ter sido chamadas a fechar o
pacote fábricas de piscinas e de carrocerias de fibra-de-vidro.
Os
técnicos deploram o fato de a agudização do problema da escassez ou
irregularidade de chuvas no Nordeste sempre estimula o florescimento da “indústria
da seca”, grupo de pessoas, geralmente situadas na elite da sociedade da
região, que arranja jeitos de tirar proveito do fenômeno.
DNA DAS
FALCATRUAS
“A
indústria da seca já adotou cisternas de lona, para beneficiar um grupo de Aracaju”,
lembra um técnico, agradecendo a Deus pelo fato de a orientação de cima para
baixo ter sido aceita apenas onde a influência de Fernando Bezerra era mais
forte.
Onde
as cisternas foram implantadas pela Asa só existem desses equipamentos
construídos em blocos de concreto e pelas mãos dos próprios beneficiários.
Pelas contas dos técnicos, dois terços das cisternas instaladas no Nordeste têm
a assinatura da Asa, que deve ter patrocinado a construção de 54 mil unidades.
Lembrando
que na época das grandes aquisições o Ministro ainda não havia imposto sua
orientação ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), hoje
dirigido por um engenheiro potiguar, o natalense Emerson Fernandes, também este
órgão optou pelos reservatórios de alvenaria.
Todas
as compras de cisternas de polietileno destinadas a programas governamentais de
combate à seca no Nordeste foram feitas pela Companhia de Desenvolvimento do
Vale do São Francisco (Codevasf), sediada em Recife e dirigida por amigos de
Fernando Bezerra Coelho e do governador local, Eduardo Campos. E todas as
cisternas compradas ilegalmente em São Paulo foram adquiridas pela Codefasf. Depois que Fernando Coelho empalmou o poder no Dnocs, este passou a comprar cisternas de polietileno. Este ano, por exemplo, comprou quatro mil unidades em São Paulo para entregá-las ao governo da Paraíba.
+4
1x1
América
e ABC jogaram até pouco tempo atrás e terminaram em 1x1.
Ausente
A
ausência mais sentida na posse do servidor público Abraão Lincoln Ferreira de
Souza, presidente da Confederação Nacional dos Pescadores, como presidente do
diretório potiguar do PRB, prestigiado neste sábado, 20, ontem, em Natal, pelo
ministro da Pesca, senador Marcelo Trivela (RJ), presidente nacional da
legenda, foi a do prefeito de Natal, advogado Carlos Eduardo Alves. Durante
muito tempo, o PRB foi, solitariamente, a única legenda a acompanhar o PDT de Carlos
Eduardo quando ele estava no fundo do poço da política potiguar.
Pinhole Day
Adeptos
natalenses da fotografia não digital comemorarão no próximo domingo, 28, o dia
internacional da modalidade, o “Pinhole Day”.
Revisão
O
deputado Henrique Eduardo Alves, presidente da câmara federal e do diretório
potiguar do PMDB, se submeterá nesta segunda-feira, 22, amanhã, no hospital
Sírio-Libanês, em São Paulo, a revisão médica da cirurgia a que se submeteu ali
no último 28 de março, para a retirada de uma hérnia abdominal.
Postado às hm de domingo 130421.
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