Colocando-se entre o mar e o rio, a prefeitura pode brecar
a deterioração de grande parte de Natal.
Decerto
porque a questão emergencial representada pelo crescente desemprego no setor em
Mossoró e adjacências fosse uma prioridade muito maior para o momento, a
governadora Rosalba Ciarlini e a bancada federal do Rio Grande do Norte não
colocaram na pauta da audiência que mantiveram na semana com a presidente da
Petróleo Brasileiro S/A (Petrobrás), engenheira Graça Foster, um tema que é
inadiável para a retomada do desenvolvimento de Natal. Mas bem que deveriam ter iniciado a abordagem do tema.
Trata-se
de definir o que ocupará o imenso espaço urbano situado no filé construtivo desta
capital em que há décadas projetam-se com todo o perigo que representam os
tanques de combustíveis da estatal petrolífera.
É
preciso decidir a respeito agora, enquanto, como prometeu no início do ano, a
empresa se prepara para sair daquele terreno, onde se encontram os bairros de Rocas,
Areal e Brasília Teimosa e uma orla marítima que foi muito bonita e hoje requer
muito cuidado.
Segundo
consta, os vinte hectares ocupados pela tancagem pertencem ao ministério da
Defesa, mais precisamente 80% à aeronáutica e 20% à marinha. Bem que as duas
armas poderiam desenvolver ali ótimos projetos habitacionais e urbanísticos,
pois sofrem com carência de residências para seu pessoal aquartelado em Natal.
Mas
as duas armas, como se sabe, não têm caixa para tocar projetos habitacionais de
grande porte, se até os de pequeno elas só estão conseguindo tocar em parcerias
que lembram trocas de imóveis com terceiros, a exemplo do que fez o exército
com a área em frente à praia do Forte.
Principalmente,
vale lembrar, as armas mostram boa vontade. O deputado federal Henrique Eduardo
Alves, presidente da câmara federal e do diretório potiguar do PMDB, disse
recentemente que, tocando no assunto com o comando da aeronáutica, sentiu neste
disposição para doar sua parte à cidade.
Paralelamente,
sabe-se que há uns 35 anos Natal tem-se dirigido apenas ao sul, abandonando à
própria sorte vários bairros, a partir dos que se encontram no entorno dos
tanques. Como nem a construção da ponte de Redinha reverteu esta tendência, a
disponibilização dos vinte hectares dos tanques de combustíveis pode,
subitamente, vir a ser a melhor oportunidade com que a cidade poderia contar
para evitar a continuação do processo de deterioração dessa parte da urbe.
Ao
mesmo tempo, a prefeitura se ressente da falta de um centro administrativo, o
que se denuncia pelos contratos milionários que tem celebrado a fim de alojar
secretarias. Já não se dispõe das costas e entorno do entorno do estádio
municipal João Machado para que seus vãos livres acolhessem as várias
secretarias, e a prefeitura, doadora pródiga durante décadas, não dispõe de
metro quadrado de seu para se reinstalar.
Todas
as questões podem convergir na forma de solução se os vinte hectares forem
aproveitados para um projeto de desenvolvimento urbanístico que permita à
cidade instalar ali o seu centro administrativo e no entorno dele projetos
residenciais e de criação de áreas verdades que possam funcionar como vetores do
futuro desenvolvimento das regiões leste e central da urbe. Ainda por cima, deverá integrar melhor as praias, Rocas,
Areal e Brasília Teimosa entre si e Petrópolis, Ribeira e Cidade Alta e o resto de Natal.
E
se olharem bem a área ocupada hoje pelos tanques e a compararem com os traços
do primeiro planejamento urbanístico feito para Natal constatarão que o sistema
de desenvolvimento radial pensado no início do século passado tinha esse espaço
como ponto de partida. Ainda está em tempo.
+3
Posse
Eleita
pelo Colégio de Procuradores, a procuradora de justiça Maria de Lourdes
Medeiros de Azevedo acaba de tomar posse como corregedora-geral do ministério
público do Rio Grande do Norte, sucedendo, durante dois anos, à colega Maria
Sônia Gurgel da Silva.
Muda
Pela
internet, usuários da Tim estão reclamando há horas. Dizem que a operadora está
fora do ar em todo o Rio Grande do Norte.
Caindo mais
O
repasse do segundo decêndio de abril do Fundo de Participação dos Municípios
(FPM) chegou 48% aquém do valor estimado pela Receita Federal, conforme dizem
prefeitos, lastimando que a queda desta vez tenha sido ainda maior do que a registrada
dez dias atrás. Em comparação com os dois decêndios de abril, em abril houve
uma redução de 21,23%.
Postado às 16h54m de domingo 130421.
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