Expandindo-se
em escala preocupante, principalmente no Seridó e durante secas prolongadas,
como a que sufoca o Rio Grande do Norte desde o ano passado, a desertificação
no território potiguar precisa urgentemente encontrar um combate eficaz, e, se
me permitem, acho que tenho uma boa sugestão a apresentar neste sentido.
Dissecada
em corte cirúrgico profundo e de largo espectro por uma grande reportagem
veiculada no último fim de semana pelo NOVO JORNAL, a questão já tem manual de
combate editados pelas instâncias federal e estadual. São diagnósticos e
programas à vontade, e o Rio Grande do Norte tem agora nova oportunidade de
volver ao tema graças a uma iniciativa da Assembléia Legislativa.
O
que falta, nos dois patamares, é dinheiro, o que impõe usar a inteligência para
provê-lo.
Minha
sugestão é a criação de dois fundos de combate à desertificação, um nacional e
outro estadual, a ser constituído por frações das impiedosas taxas que a União
e o governo potiguar cobram a empreendedores a propósito de substanciosa
licença ambiental para qualquer investimento, da implantação de grande
indústria ou projeto de criação de tilápia em cativeiro à construção de simples
unidade habitacional, assim como das gordas multas impostas a qualquer suposta
agressão ao meio ambiente.
Havendo
um fundo nacional, eu proporia que seu idealizador, um congressista potiguar,
marcasse logo o DNA da iniciativa tentando transformar o Seridó potiguar a
área-piloto de implementação de investimentos propiciados por estes recursos.
Diria até mais, que a segunda área-piloto fosse criada no Rio Grande do Sul.
Afinal, pela ordem de gravidade, são as duas unidades federativas do país que
mais vêem nacos de seu solo antes agricultável serem absorvidos por diferentes
modelos de Saaras e Atacamas.
O
parlamento potiguar pode, paralelamente, criar o fundo estadual, a patrocinar
investimentos com parte do que o Idema embolsa. E não se criando logo o fundo
nacional, que o Rio Grande do Norte comece sozinho esta guerra com os recursos
eminentemente locais.
Lastimo
dizer que só resolvi apresentar aqui esta proposta muito depois de entregá-la
como sugestão a um político, visando a iniciação do processo legislativo
demandado. Ele se interessou vivamente, e na minha frente deu ordem para que
seus assessores trabalhassem logo neste campo, a fim de apresentar projeto de
lei visando a criação e capitalização do fundo contra a desertificação, mas já
se passou muito tempo sem que mostrassem que algo efetivamente estava sendo
feito neste sentido.
Antes
que a idéia se perca, portanto, aí está, tornada pública.
+3
Presidir a
Assembléia
Vendo
que o vice-governador Robinson Faria (PSD) não consegue empinar sua candidatura
a governador, perdendo cada vez mais a vez para a vice-prefeita Wilma de Faria,
um seu velho conselheiro o chamou há poucos dias, expôs a situação e as
tendências e recomendou-lhe tentar reconquistar em 2.014 a presidência da
Assembléia Legislativa.
Mas que vai, vai
Apesar
do desmentido que o economista e ex-deputado federal Rogério Marinho, secretário
estadual de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, opôs no último fim de semana
à informação, publicada por blogueiros natalenses, de que está a caminho do
PMDB, fontes desta agremiação têm certeza de que ele já deu início à migração.
Viúvas
Decidida
a mostrar que ainda é o líder político que se imaginou enquanto governava a
municipalidade, a odontóloga Marília Dias, ex-prefeita de Macaíba, vem
amargando fiascos ao protagonizar ofensivas com o objetivo de dar demonstrações
da antiga força. Passou a freqüentar a feira local, na companhia de apenas uma
antiga secretária, e não tem despertado a curiosidade de ninguém. E na semana
passada convocou uma grande reunião de liderados na mansão que comprou à margem
da BR304 enquanto era prefeita. Compareceram poucas “viúvas”, mulheres que
exerceram cargos de sua confiança em seu governo. Até ex-secretários da
prefeitura declinaram do convite, uns admitindo que ela virou carta fora do
baralho da política local.
Postado às 12h06m de terça-feira 130402.
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