Dilma só pode comemorar graças à habilidade de Henrique.
Sem
entrar no mérito da medida provisória dos portos, polêmica por natureza, ela
serviu para revelar ao País quem são os verdadeiros aliados do governo Dilma
Rousseff. Vários parlamentares se destacaram ao longo da batalha, mas nenhum
foi tão decisivo quanto o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN). Um homem que foi achincalhado pela imprensa, sabotado por alas
do PT e questionado pelo próprio Palácio do Planalto, antes de sua eleição para
o comando da casa.
À
frente de uma maratona histórica, que consumiu duas sessões em 41 horas de
votação, varando duas madrugadas, Alves mostrou ao País que seus 42 anos de
Parlamento, em 11 mandatos consecutivos como deputado federal, não foram em
vão. Hoje, não há ninguém que conheça a casa tão bem quanto ele e seu braço
direito Mozart Vianna. Uma dupla que sabe de cor e salteado as minúcias do
regimento e comanda a Câmara com respeito aos direitos das minorias, mas sem
deixar de exercer todas as prerrogativas para fazer prevalecer a vontade da
maioria.
A
sessão histórica, acompanhada por milhares de brasileiros, foi uma aula de
Parlamento, em que a oposição exerceu seu direito legítimo de obstruir as
votações, levando os deputados ao limite da exaustão humana. Paciente, perseverante
e persistente, Henrique Eduardo Alves não cassou a palavra de nenhum
parlamentar, soube reconhecer eventuais erros e deu um exemplo público de
civilidade. A ele, o governo Dilma deve muito mais do que um agradecimento. Mas
o reconhecimento tardio de que o Brasil tem hoje um presidente da Câmara à
altura do cargo que exerce e, sobretudo, um verdadeiro aliado num ambiente
marcado por traições e deslealdades.
[fonte:
Revista Istoé, via serviço de clipping do PMDB.]
Postado às 19h33m de sábado 130518.
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