Santo Isidoro,
padroeiro
dos lavradores
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Sua
notoriedade começou quando foi acusado de ficar rezando pela manhã, na igreja,
em vez de trabalhar. De fato, tinha o hábito de parar o trabalho uma vez ao dia
para rezar, de joelhos, o terço. Mas isso não atrapalhava a produção, porque
depois trabalhava com vontade e vigor, recuperando o tempo das preces. Sua
bondade era tanta que o patrão nada lhe fez.
Não
era só na oração que Isidoro se destacava. Era tão solidário que dividia com os
mais pobres tudo o que ganhava com seu trabalho, ficando apenas com o mínimo
necessário para alimentar os seus. Quando seu filho morreu, ainda criança,
Isidoro e Maria não se revoltaram, ao contrário, passaram a se dedicar ainda
mais aos necessitados.
Isidoro
Lavrador morreu pobre e desconhecido, no dia 15 de maio de 1130, em Madri,
sendo enterrado sem nenhuma distinção. A partir de então começou a devoção
popular. Muitos milagres, atribuídos à sua intercessão, são narrados pela
tradição do povo espanhol. Quarenta anos depois, seu corpo foi trasladado para
uma igreja.
Humilde
e incansável foi esse homem do campo, e somente depois de sua morte, e com a
devoção de todo o povo de sua cidade, as autoridades religiosas começaram a
reconhecer o seu valor inestimável: a devoção a Deus e o cumprimento de seus
mandamentos, numa vida reta e justa, no seguimento de Jesus.
Foi
o rei da Espanha, Filipe II, que formalizou o pedido de canonização do santo
lavrador, ao qual ele próprio atribuía a intercessão para a cura de uma grave
enfermidade. Em 1622, o papa Gregório XV canonizou santo Isidoro Lavrador, no
mesmo dia em que santificou Inácio de Loyola, Francisco Xavier, Teresa d'Ávila
e Filipe Néri.
Hoje,
ele é comemorado como protetor dos trabalhadores do campo, dos desempregados e
dos índios. Enfim, de todos aqueles que acabam sendo marginalizados pela
sociedade em nome do progresso. Santo Isidoro Lavrador é o padroeiro de Madri.
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