Santa Maria Madalena
de Pazzi (1566-1607) |
Recebeu
a primeira comunhão aos dez anos e, contrariando o desejo dos pais, aos dezesseis
anos entregou-se à vida religiosa, ingressando no convento das carmelitas
descalças. Ali, por causa de uma grave doença, teve de fazer os votos antes das
outras noviças, vestiu o hábito e tomou o nome de Maria Madalena.
A
partir daí, foi favorecida por dons especiais do Espírito Santo, vivendo
sucessivas experiências místicas impressionantes, onde eram comuns os êxtases
durante a penitência, oração e contemplação, originando extraordinárias visões
proféticas. Para que essas revelações não se perdessem, seu superior ordenou
que três irmãs anotassem fielmente as palavras que dizia nessas ocasiões.
Um
volumoso livro foi escrito com essas mensagens, que depois foi publicado com o
nome de "Contemplações", um verdadeiro tratado de teologia mística.
Também ela, de próprio punho, escreveu muitas cartas dirigidas a papas e
príncipes contendo ensinamentos e orientações para a inteira renovação da
comunidade eclesiástica.
Durante
cinco anos foi provada na fé, experimentando a escuridão e a aridez espiritual.
Até que, no dia de Pentecostes do ano 1690, a luz do êxtase voltou para a
provação final: a da dor física. Seu corpo ficou coberto de úlceras que
provocavam dores terríveis. A tudo suportou sem uma queixa sequer,
entregando-se exclusivamente ao amor à Paixão de Jesus.
Morreu
com apenas quarenta e um anos, em 25 de maio de 1607, no convento Santa Maria
dos Anjos, que hoje leva o seu nome, em Florença. Apenas dois anos mais tarde
foi canonizada pelo papa Clemente IX. O corpo incorrupto de santa Maria Madalena
de Pazzi repousa na igreja do convento onde faleceu. Sua festa é celebrada no
dia de seu trânsito.
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