São Félix de Nicósia
(1715-1888) |
Vivia próximo ao convento dos frades
capuchinhos. Freqüentava a comunidade dos frades e admirava o seu modo de
viver. Sempre que visitava o convento, sentia-se fortemente atraído por aquela
vida: alegria na austeridade, liberdade na pobreza, penitência, oração,
caridade e espírito missionário.
Aos 18 anos de idade, em 1735, bateu à
porta do convento, pedindo para ser acolhido como irmão leigo, por ser
analfabeto. A resposta foi negativa. Porém insistiu muitas vezes, sem se
cansar. Após dez anos de espera, foi acolhido na Ordem dos Frades Menores
Capuchinhos com o nome de irmão Félix de Nicósia. Depois do noviciado e da
profissão religiosa, foi destinado a Nicósia, onde permaneceu durante toda a
vida, tornando-se, na cidade, uma presença de espiritualidade radicada no meio
do povo.
Afirma o padre Florio Tessari:
"Analfabeto, mas não de Deus e de seu Espírito, Félix entendeu que o
segredo da vida não consiste em indicar, com força, a Deus, a nossa vontade,
mas em fazer sempre alegremente a vontade dele. Essa simples descoberta lhe
permitiu ver sempre, em tudo e apesar de tudo, Deus e seu amor; particularmente
onde é mais difícil identificá-lo. Deixando-se somente invadir e preencher-se
de Deus, ia imediatamente ao coração das coisas, à raiz da vida, onde tudo se
recompõe na sua originária harmonia. Para fazer isso não precisa muita coisa,
não precisa tantas palavras. Basta a essencial sabedoria do coração onde
habita, fala e age o Espírito".
Morreu no dia 31 de maio de 1787. Foi
beatificado pelo papa Leão XIII em 12 de fevereiro de 1888 e proclamado santo
pelo papa Bento XVI no dia 23 de outubro de 2005.
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