segunda-feira, 27 de maio de 2013

Contabilista é quem assume se João Maia for cassado


Maria do Rosário discursa em evento
do Conselho Regional de Contabilidade.
Nem a ex-secretária municipal Rosy de Souza, nominada no final de semana pelo jurista José Augusto Delgado, nem o publicitário Marcos César Cavalcanti, mal-sucedido na tentativa de se tornar vereador no ano passado, como cogitaram alguns amigos deste. Quem sucederia ao economista João Maia, presidente regional do PR, na hipótese de a justiça cassar seu mandato de deputado federal seria a contabilista Maria do Rosário de Oliveira, atual vice-presidente da Junta Comercial do Estado.
É o que asseguram fontes ligadas ao PMDB, partido de Rosário, apontando-a como primeiro suplente da coligação que este formou em 2.010 com o PR, partido de Marcos César e de João Maia, e com o PV, legenda pela qual Rosy, irmã da então prefeita Micarla de Souza, se candidatou. A pesquisa foi ensejada pelo pedido de cassação do mandato de João Maia, protocolado na semana passada pelo ministério público eleitoral, e especulações que se seguiram a este ato sobre quem assumiria na hipótese de o parlamentar não se manter na câmara baixa do país.
ROSY RENUNCIOU
Cada partido desta coligação, considerada na época verdadeiro “Frankestein”, elegeu um deputado federal: além de João, foram contemplados os deputados Paulo Wagner, pelo PV, e Henrique Eduardo Alves, presidente do diretório potiguar do PMDB e, desde fevereiro último, também da Câmara Federal.
Natural de Goianinha e mencionada nos últimos dias, na imprensa natalense, equivocadamente, como Maria do Rosário Cabral, a primeira suplente da coligação é vice-presidente do Conselho Nacional e ex-presidente do Conselho Regional de Contabilidade.   
Encerrada a apuração dos votos de 2010 no Rio Grande do Norte, ela ficou na segunda suplência, com cerca de apenas cem votos na frente de Marcos César. Rosário ascendeu à condição de primeiro suplente no ano passado, quando Rosy se desfiliou do PV.
Na semana passada, Delgado, ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça, disse que Rosy poderia assumir o mandato, caso a justiça confirmasse a cassação de João Maia e se ela retornasse ao partido, atualmente presidido no Rio Grande do Norte pelo médico e senador Paulo Davim. Na mesma entrevista, ventilou-se o nome de Marcos César, mas verificando os resultados das urnas os peemedebistas concluíram que a primeira suplência hoje é mesmo de Rosário.
ANULAR REFILIAÇÃO
Eles desconsideram a hipótese do retorno de Rosy à perspectiva de mandato porque ela abriu mão, espontaneamente, desta expectativa. Mesmo se o PV a aceitasse refiliá-la, o ministério público, o PMDB e Rosário Oliveira poderiam reivindicar a anulação do ao perante o juízo eleitoral.      
João Maia, a propósito, deverá apresentar esta semana à justiça eleitoral sua defesa na ação em que é acusado de praticar caixa 2 na campanha que o reelegeu em outubro de 2010. A cassação de seu mandato foi pedida procurador regional eleitoral, bacharel Ronaldo Pinheiro de Queiroz.
Postado às 18h23m de segunda-feira 130527.

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