Fátima e Wilma ainda não conversaram

Fátima e Wilma deveriam conversar entre

si antes de procurarem outros parceiros.

A reunião de cúpula que dirigentes do PSD e do PT agendaram para esta sexta-feira, 24, hoje, visando a preparação de chapas de oposição à governadora Rosalba Ciarlini em 2014, pode evidenciar uma conversa que deveria ter sido realizada ontem e sobre a qual os protagonistas fizeram descer uma imensa cortina de silêncio.

Trata-se do encontro que, adiado diversas vezes, reuniria nesta quinta-feira a deputada federal Fátima Bezerra, provável candidato do PT ao Senado, e a vice-prefeita de Natal, ex-governadora Wilma de Faria, presidente regional do PSB.

Aliados de uma e de outra acham esta conversa inadiável para que as respectivas levandas possam montar as estratégias com que pretendem se preparar para 3 de outubro do próximo ano, quando o norte-rio-grandense votará para Presidente da República, uma cadeira de senador, a ocupada atualmente pelo agropecuarista Garibaldi Alves (PMDB), Governador e vice-governador e pela total renovação das representações na Câmara dos Deputados e na Assembléia Legislativa. Acham que precisam constituir uma base sólida para examinarem parcerias que, sem isto, tendem a lhes oferecer resultados adversos.

Muitas informações registradas nos últimos meses mostram que, embora trafeguem na estrada larga dos contrários a Rosalba, Fátima e Wilma podem estar em rota de colisão entre si. A primeira é pré-candidata ao Senado e espera reunir em torno de seu nome o mais vigoroso e largo arco partidário. A segunda diz que poderá disputar o governo, o senado ou uma cadeira de Deputado Federal.

A tríplice pretensão de Wilma se choca com as candidaturas de Fátima ao Senado e do vice-governador Robinson Faria, presidente regional do PSD, à sucessão de Rosalba, e os projetos dos três podem ser atropelados ou reforçados pela eventual indicação do deputado Henrique Eduardo Alves, presidente da câmara federal e do diretório regional do PMDB, à chefia do executivo potiguar.

Todos estes projetos precisam levar em consideração pretensões de terceiros que podem fortalecer o arco oposicionista em relação a Rosalba, caso do deputado federal João Maia, presidente regional do PR, que tem sido apontado como candidato a um bom espaço na chapa majoritária a ser liderada pelo PMDB.

Postado às 17h48m de sexta-feira 130524.