Santa Úrsula
Ledochowska
(1865-1939)
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Até o final da adolescência viveu nesse
país, onde completou os estudos, depois voltou com a família para o solo
polonês, estabelecendo-se na Croácia. Aos vinte e um anos, ingressou no
Convento das Irmãs Ursulinas de Cracóvia, pronunciando os votos definitivos e
tomando o nome de Úrsula em 1899.
Ativa educadora, fundou um pensionato
feminino para jovens, promovendo entre os estudantes a Associação das Filhas de
Maria e foi, também, superiora do seu convento por quatro anos. Foi chamada
pelo pároco da igreja de Santa Catarina em Petersburgo, na Rússia, que na época
reprimia toda atividade religiosa, inclusive as de cunho assistencial, para
dirigir um internato de estudantes polonesas exiladas; nessa função teve de
usar roupas civis para sua segurança. Em 1909, fundou, também, uma casa das
ursulinas na Finlândia onde inovou com um pensionato e uma escola ao ar livre,
para moças doentes, seguindo o estilo inglês, ao mesmo tempo fundando, na mesma
Petersburgo, uma casa das Ursulinas.
A sua cidadania e origem austríaca a
fizeram objeto de perseguição por parte da polícia russa durante a Primeira
Guerra Mundial , tanto que em 1914 se refugiou na Suécia, onde fundou, também
ali, um pensionato e uma escola. O seu grande senso de apostolado a fez fundar
para os católicos suecos o jornal "Solglimstar", editado ainda hoje
sob outra direção. Em 1917, foi para a Dinamarca dar assistência aos poloneses
perseguidos, onde permaneceu por dois anos, quando, então, regressou para o seu
convento na Polônia.
Atendendo um antigo anseio interior, em
1920 separou-se da sua congregação para fundar uma nova ordem: as Irmãs
Ursulinas do Sagrado Coração Agonizante, com a função de dar assistência aos
jovens abandonados e para cuidar dos pobres, velhos e crianças.
Na Polônia, devido à cor do hábito, se
popularizaram como as "ursulinas cinzas" e na Itália, como as
"irmãs polonesas". A ordem foi aprovada em 1930 e se desenvolveu com
rapidez. Quando sua fundadora, madre Úrsula, morreu, já existiam trinta e cinco
casas e mais de mil irmãs. Ela deixou vários livros, todos escritos em polonês,
que foram traduzidos para o italiano e francês.
Madre Úrsula Ledochowska faleceu em Roma
no dia 29 de maio de 1939, na Casa mãe da Ordem, que conserva as suas
relíquias. O papa João Paulo II, em 1983, a beatificou, numa comovente
cerimônia em Poznan, quando visitava a Polônia. Vinte anos depois ele mesmo a
canonizou, declarando ser seu devoto. O culto em sua homenagem foi designado
para o dia de sua morte.
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