segunda-feira, 22 de abril de 2013

Partido de Ricardo pode ter oito deputados

PR pode ter de cinco a oito estaduais.

Dependendo do que a câmara federal decidir nesta terça-feira, 23, amanhã, sobre as restrições ao nascimento de partidos, e do andamento das conversas que o advogado e ex-deputado Wober Júnior mantém desde hoje em Natal com os deputados estaduais envolvidos pelo plano de fusão do PMN com o seu PPS, criando a Mobilização Democrática, tende a nascer nos próximos dias na Assembléia Legislativa, com qualquer que seja a sua denominação oficial, uma legenda capaz de se transformar na terceira força no congresso potiguar.

Trata-se do PR, que nada teria com a legenda presidida nesta unidade federativa pelo deputado federal João Maia, exceto por tomar dois deputados estaduais a esta agremiação. O novo PR é o “Partido do Ricardo”, referência ao deputado estadual Ricardo Motta, presidente da Assembléia Legislativa.

MANTER O MANDATO

É um grupo de entre cinco e sete deputados estaduais, inclusive ele, podendo chegar a mais. Aproveitando a janela para a migração partidária a ser disciplinada esta semana pelos deputados federais, os cinco a oito entrarão em bloco numa legenda capaz de fazê-los esquecer dos incômodos que sofrem onde estão. Fortemente ligados a “Motinha”, como citam o presidente da Assembléia Legislativa, eles só não convergirão com este para um mesmo partido se correrem o risco de assim perderem seus mandatos sob a guilhotina da infidelidade partidária.

Do time que forma o PMN e não mais cogita de passar tranquilamente para a MD porque não aceitam que o presidente regional deste seja seu colega Antonio Jácome e principalmente não querem fazer oposição à presidente Dilma Rousseff, passarão para o PR o oestano Raimundo Fernandes e o patrono da agremiação que procura legenda.

A eles se somarão os dois atuais correligionários formais de João Maia, o ex-governador Vivaldo Costa e o novo deputado Kelps Lima. E aos quatro se agregariam o ainda Verde Gilson Moura e o socialista Gustavo Carvalho. Aparentemente, o sétimo nome a caminho não sofre com assédio de nenhum líder partidário no Rio Grande do Norte, mas acha que precisa de uma legenda mais encorpada para influenciar mais na política potiguar. É o advogado Fábio Dantas, presidente regional do PHS.

ESEQUIEL E GESANE

Se facilitar, o grupo fecha oito cadeiras com a incorporação do deputado Esequiel Ferreira, que litiga com o comando nacional do PTB desde que este lhe arrancou, abruptamente, a presidência regional do PTB.

Afirma-se no legislativo que ele está com um pé no PMDB, cujo presidente regional, deputado Henrique Eduardo Alves, também presidente da Câmara Federal, já teria obtido do comando nacional do trabalhismo a garantia de que, tomado este rumo, ninguém do PTB reivindicará seu mandato. Ricardo, porém, teria como obter de Henrique Eduardo o passe de Esequiel.  

E analistas presentes à Assembléia Legislativa atestam que também é forte o apelo que o bloco exerce junto à deputada Gesane Marinho, que partiu do PMN para o PSD atendendo a um convite do líder regional deste, o vice-governador Robinson Faria, mas cogfitou de refluir quando este rompeu relações políticas com a governadora Rosalba Ciarlini.   

RUMO AO PP

Examinando estas perspectivas, um veterano político que não perde de vista a Assembléia Legislativa salienta que nem Robinson, depois de oito anos empalmando o poder na casa, conseguiu juntar em torno de sim um bloco tão coeso em função de seu nome como Ricardo está conseguindo agora, apesar de o grupo ser altamente heterogêneo em razão de origens e estilos.  

Convicto da imantação a que as circunstâncias e alguns passos errados submetem esses deputados, Wober Júnior, principal amigo do presidente nacional da MD, deputado Roberto Freire (SP), no Rio Grande do Norte, procura desde o fim de semana desarmar a “bomba” de dispersão que Antonio Jácome lançou sobre o bloco inicial do novo partido formal nesta unidade federativa ao voltar de Brasilia dizendo-se presidente do seu diretório regional.

Se convencer Ricardo Motta a ficar na agremiação, parte do bloco que orbita em torno deste o acompanhará na filiação à MD. Se, porém, o equacionamento do “affaire” criado pela auto-proclamação de Jácome não for suficiente para superar a resistência quanto a fazerem oposição a Dilma, como pretende a cúpula nacional da MD, a tendência do PR é se alojar em outra legenda.

A que mais parece encaixar melhor a heterogeneidade do grupo é o PP, presidido no Estado pelo vereador Rafael Motta, filho de Ricardo e candidato a deputado federal no próximo ano. Rafael, segundo consta, já tem até dobradinhas montadas com alguns desses deputados, sem contar, é claro, o próprio pai. As mais fortes parcerias de âmbito regional tendem a uni-lo às candidaturas à reeleição de Raimundo e Vivaldo na “Tromba do Elefante” e no Seridó.


+3      
Re-socialização

O jornalista Jomar Morais é um dos palestrantes da mesa redonda que a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) promoverá na próxima sexta-feira, 26, a partir das 20 horas, no Centro Espírita Irmãos do Caminho (Ceic), na rua Praia de Muriu, 9150, conjunto Ponta Negra, sobre a sua metodologia de re-socialização de apenados como alternativa viável na solução dos problemas do sistema prisional brasileiro.

Ficou

Segundo fontes da Governadoria, ao ser eleito vice-presidente do Fórum Nacional de Secretários do Esporte e do Lazer, o advogado Joacy Bastos ganhou boa sobrevida como secretário da área no governo Rosalba Ciarlini, onde seu pescoço esteve ameaçado desde que se desentendeu com emissários do Comitê Olímpico (COB).

Lembranças

Presidente da Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte, o procurador Adalberto Targino, ex-chefe da Casa Civil do governo da Paraíba, sua terra Natal, prepara-se para lançar seu mais novo livro, este de memórias, “Pedaços do Tempo”.

Postado às 22h28m de segunda-feira 130422.

Nenhum comentário:

Postar um comentário