terça-feira, 30 de abril de 2013

Henrique cresce remando contra a crise



 
Henrique se mostra político para momentos difíceis.

Se alguém está crescendo no episódio em que o PT procura afundar e alargar o fosso institucional que abriu há alguns dias entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), este é o presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves, também comandante do PMDB no Rio Grande do Norte.

Como se não bastasse a iniciativa de telefonar para o ministro Gilmar Mendes, na semana passada, propondo uma conversa para evitar que os boateiros terminassem declarando guerra entre ambos, ele foi à casa do magistrado, levando consigo o presidente do Congresso Nacional, e saiu de lá com todas as credenciais de condutor do processo que visa apagar o fogo e impedir que o país resvale para uma venezuelização.

Para se agigantar ainda mais, anunciou na chegada à sua casa congressual três medidas dignas de quem pensa para muito além das próximas eleições. Uma é a criação de uma comissão para reexaminar o projeto que reduz os poderes do STF depois de este ter sido aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça.

Outra é criar um mecanismo que evite a perda do poder de investigar que muitos políticos querem confiscar ao ministério público, e para esta ele já levou da casa de Gilmar Mendes o comprometimento do Ministro quanto a definir os espaços que promotores e procuradores devem ocupar neste campo sem, contudo, ofuscar ou reduzir o campo de ação dos policiais.

A outra é voltar a se reunir daqui a uma semana com Gilmar Mendes para eliminarem mais arestas que parlamentares estiverem construindo entre os dois poderes.

No início da noite, a Câmara Federal ainda anunciou que, em meio a tantas atribulações, Henrique Eduardo ainda havia encontrado tempo para responder, como exige o processo legal, ao questionamento que o ministro Dias Tofolli lhe havia encaminhado
sobre a Proposta de Emenda à Constituição 33 (PEC 33), que submete decisões do STF ao Congresso Nacional. 
Também anunciou providências quanto ao prosseguimento da tramitação do projeto com que os congressistas vinculados à presidente Dilma Rousseff forçaram a barra para impedir o nascimento de partidos.  

Surpreende num advogado que nunca se projetou pelo seus dotes jurídicos agir com tanta competência num jogo tão delicado, e encontrar jeitinhos para desatar nós muito complicados. Esta conduta lembra o quanto o então jovem deputado Aluizio Alves, que ainda não conseguia ser nem mascote da “Banda de Música” de seu partido, a UDN, cresceu na Câmara Federal pós 1946 ao resolver questões complicadíssimas para os cobras do parlamento da época. E também lembra um de seus mais difíceis milagres políticos, o de conciliar os adversários Magalhães Pinto, seu compadre, e Tancredo Neves, a nova admiração, na fusão do PP com o MDB, em 1.981, fazendo-os se associarem irmãmente na criação do PMDB.

Seria interessante que os norte-rio-grandenses acompanhassem esta performance sem usar as lentes gastas da muitas vezes enxovalhada política do Rio Grande do Norte. Com certeza se admirariam também.
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Adiado

Ficou para o próximo dia 7 o julgamento, pela primeira câmara criminal do Tribunal de Justiça, do pedido de habeas corpus proposto pela servidora Carla Ubarana e seu marido, George, que estão presos pela sua participação na quadrilha dos precatórios da corte. A princípio, a decisão sairia hoje, mas a desembargadora Maria Zeneide Bezerra, presidente da câmara, argüiu suspeição para atuar no caso, forçando a corte a convocar um substituto para ela no exame da matéria.

Cuba

A Casa de Amizade Brasil-Cuba promoverá no próximo dia 28, na Assembléia Legislativa, sua quinta convenção estadual.

Cinquenta anos

Uma corrida de rua marcará nesta quarta-feira, 1°, amanhã, em Caicó, o qüinquagésimo aniversário da emissão do primeiro sinal da Rádio Rural local, quando começou a transmitir a voz e a inteligência do saudoso padre Itan Medeiros, depois reitor de universidade na Paraíba.

Postado às 23h31m de terça-feira 130430.

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