Henrique e Rogério, no centro: musculatura para o PMDB.
Montar
para o PMDB um ente dinâmico, capaz de prestar serviços emergenciais como o lendário
Instituto Varela Barca e de montar uma campanha eleitoral capaz de levar a
legenda à vitória nas eleições majoritárias de 2.014 é a principal missão e o
grande desafio que aguardam o economista e ex-deputado federal Rogério Marinho
se ele trocar pela legenda a presidência regional do PSDB.
Interlocutores
de Rogério, que reluta quanto à migração partidária, e do deputado federal
Henrique Eduardo Alves, presidente da câmara federal e do diretório regional do
PMDB, dizem o parlamentar aposta muito no amigo, que exerceu papel fundamental
para a ascensão da atual vice-prefeita de Natal, ex-governadora Wilma de Faria,
na política potiguar.
Na
época ainda sem mandato, Rogério coordenou as campanhas que transformaram Wilma
em prefeita, em 1.988 - derrotando Henrique Eduardo, a propósito – e em
governadora em 2.002.
Henrique
Eduardo deseja que, topando a parada e sem se exonerar da secretaria estadual
de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, a partir de agora Rogério forneça a “musculatura”
que falta ao PMDB, a despeito do imenso potencial de votos que esta exibe no
Rio Grande do Norte.
GERALDO E...
A
tarefa não implica necessariamente em já transformar Henrique Eduardo no
candidato à sucessão da governadora Rosalba Ciarlini, até porque o PMDB tem
dado demonstrações de que deseja marchar com ela rumo às urnas do próximo ano.
Trata-se de assegurar ao partido a condição de vetor de qualquer coligação que
o PMDB vier a integrar em 2.014.
Se
aceitar tocar o projeto, Rogério assumirá papéis que dois correligionários de
Henrique na metade dos anos oitenta desenvolveram com o objetivo de levar o
então industrial Geraldo Melo ao governo do Estado em 1.986.
O
próprio Geraldo comandava o Instituto Varela Barca, que chegou a levar
voluntários, inclusive vários médicos, a eventualmente trabalhar de graça no
interior do Estado, preenchendo lacuna deixada pelo estamento governamental, e a
executar outras missões em apoio a vítimas de seca.
...PEDRO SIMÕES
A
eficácia do “Super G” foi possível graças à engenharia montada num escritório
anônimo de Natal pelo saudoso advogado Pedro Simões Neto. A grande organização
nunca aparecia, mas foi quem montou e executou, com uma capilaridade
surpreendente, toda a campanha, do mapeamento de lideranças a atrair à
organização de serviço de fiscalização de juntas apuradoras de votos, passando
pelo planejamento e realização de todos os atos de mobilização popular em favor
da candidatura de Geraldo.
Candidato
a Deputado Federal com grande potencial eleitoral próprio, como sustenta, o que
Rogério ganharia com este projeto? Seria transformado em candidato do partido,
a exemplo do que o PMDB fez em algumas eleições em benefício do advogado Paulo
de Tarso Fernandes. Enquanto este trabalhava a serviço da legenda, o PMDB se
mobilizava para garantir suas chegada e permanência na Assembléia Legislativa.
E
numa hipótese de o PMDB assumir o governo, principalmente por intermédio de
Henrique Eduardo, todas as apostas sugerem que Rogério seria o “secretário
geral” do governo, a exemplo do que o legendário economista Hélio Beltrão foi
no início dos anos sessenta, tocando a máquina oficial para que o então
governador Carlos Lacerda, no Estado da Guanabara, ficasse livre para fazer política,
o de que mais gostava.
Postado às 13h44m de quarta-feira 130327.
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