Bruder
Klaus nasceu no dia 21 de março de 1417, na Suíça. Oriundo de família pobre,
ainda jovem queria ser monge ou eremita. Nesta época não pôde realizar o sonho
porque tinha que ajudar os pais nos trabalhos do campo. Mais tarde também não o
conseguiu, pois se casou. Felizmente a escolhida era uma moça muito virtuosa e
religiosa, chamada Dorotéia, com a qual teve dez filhos. Vários deles se
tornaram sacerdotes, e um dos netos, Conrado Scheuber, morreu com o conceito de
santidade.
Ainda
neste período Klaus não pôde se dedicar totalmente às orações e meditações como
queria. Os escritos da época narram que, devido ao seu reconhecido senso de
justiça, retidão de consciência e integridade moral, foi convocado a assumir
vários cargos públicos, como, juiz, conselheiro e deputado.
Finalmente,
aos cinqüenta anos de idade conseguiu a concordância da família e abandonou
tudo. Adotou o nome de Nicolau e foi viver numa cabana que ele mesmo construiu,
não muito longe de sua casa, mas num local ermo e totalmente abandonado. Tinha
por travesseiro uma pedra e como cama uma tábua dura. Naquele local viveu por
dezenove anos e há um fato desse período que impressionou no passado e
impressiona até hoje. Há provas oficiais de que ele, durante todos esses anos,
alimentou-se exclusivamente da Sagrada Comunhão. Entretanto, não conseguia se
manter na solidão. Amável e receptivo, não fugia de quem o procurasse. E a
pátria precisou dele várias vezes.
Pacificador
e inimigo das batalhas, conhecido por seus atos e pela condição de eremita, foi
chamado a mediar situações explosivas como a ameaça de guerra contra os
austríacos e a eclosão iminente de uma guerra civil. Mas, quando não houve
jeito de alcançar a paz no diálogo, ele também não fugiu de assumir seu lugar
nos campos de batalha, como soldado e mesmo oficial. Entretanto, seu trabalho
na reconciliação entre as partes envolvidas nestas questões de guerra
repercutiu muito na população. Nicolau passou a ser venerado pelo povo, que
logo o chamou de "Pai da Pátria".
Porém,
à qualquer chance que tinha voltava para sua cabana, até ser solicitado
novamente. Foi conselheiro espiritual e moral de muita gente, tanto pessoas
simples como ocupantes de cargos elevados. Era muito respeitado por católicos e
protestantes. Há quase um consenso em seu país de que a Suíça é hoje um país
neutro e pacífico, que dificilmente se envolve em guerras ou conflitos
internacionais, graças à influência do "Irmão Klaus", como era, e
ainda é, carinhosamente chamado por todos os suíços.
Ele
morreu no dia 21 de março de 1487, exatos setenta anos do seu nascimento. O
corpo de Nicolau está sepultado na Igreja de Sachslen. Beatificado em 1669, foi
canonizado pelo Papa Pio XII em 1947. A memória de São Nicolau de Flue é
venerada pela Igreja, no dia 21 de março e como herói da pátria, no dia 25 de
setembro. Ele é o Santo mais popular da Suíça.
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