São Marcelino Champagnat
(1789-1840)
Fundou a congregaçãodos Irmãos Maristas |
Na infância, logo que ingressou na
escola, Marcelino sofreu um grande trauma quando o professor castigou um dos
seus companheiros. Ele preferiu não freqüentar os estudos e foi trabalhar na
lavoura com o pai. E assim o fez até os quatorze anos de idade, quando o pároco
o alertou para sua vocação religiosa.
Apesar de sua condição econômica e o seu
baixo grau de escolaridade, foi admitido no seminário de Verrièrres. Porém, a
partir daí, dedicou-se aos estudos enfrentando muitas dificuldades. Aos vinte e
sete anos, em 1816, recebeu o diploma e foi ordenado sacerdote no seminário de
Lion.
Talvez por influência da sua dura
infância, mas movido pelo Espírito Santo, acabou se dedicando aos problemas e à
situação de abandono por que passavam os jovens de sua época, no campo da
religião e dos estudos. Marcelino rezou e meditou em busca de uma resposta a
esses problemas que antecederam e anunciavam a Revolução Francesa.
Numa visita a um rapaz doente, descobriu
que este, além de analfabeto, nada sabia sobre Deus e sobre religião. Sua alma
estava angustiada com tantas vidas sem sentido e sem guia vagando sem rumo. Foi
então que liderou um grupo de jovens para a educação da juventude. Nascia,
então, a futura Congregação dos Irmãos Maristas, também chamada de Família
Marista, uma Ordem Terceira que leva o nome de Maria e sua proteção.
Sua obra tomou tanto vulto que Marcelino
acabou por desligar-se de suas atividades paroquiais, para dedicar-se,
completamente, a essa missão apostólica. Determinou que os membros da
Congregação não deveriam ser sacerdotes, mas simples irmãos leigos, a fim de
assumirem a missão de catequizar e alfabetizar as crianças, jovens e adultos,
nas escolas paroquiais.
Ainda vivo, Marcelino teve a graça de
ver sua Família Marista crescendo, dando frutos e sendo bem aceita em todos os
países aonde chegaram. Ainda hoje, temos como referência a criteriosa e moderna
educação Marista presente nas melhores escolas do mundo.
Marcelino Champagnat morreu aos
cinqüenta e um anos, em 6 de junho de 1840. Foi beatificado em 1955 e
proclamado santo pelo papa João Paulo II em 1999. Ele é considerado o
"Santo da Escola" e um grande precursor dos modernos métodos
pedagógicos, que excluem todo tipo de castigo no educando.
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